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SOBRE SAUDADES - 2020

 

Minha atitude diante do acervo de fotografias que fiz ao longo de minha trajetória é de desconfiança sobre as verdades absolutas que as imagens parecem impor sobre esse ou aquele evento. Penso que, se revistas e reeditadas, essas imagens podem resultar em pontos de vistas distintos daqueles que ela afirma.

Pensando sobre esse momento de reclusão em que o mundo tornou-se perigoso, comecei a rever meu acervo. Fiz a luz estridente de uma imagem tornar-se tênue revelando apenas o que um feixe de luz intenso desenha na superfície. Restou um vetor a reorientar os sentidos. Reenquadrei retratos, apliquei texturas imemoriais. E assim, construí uma narrativa que fala dos estados segredados do inconsciente, do isolamento, da saudade do futuro e da esperança no renascimento de uma nova humanidade

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